O tão aguardado retorno do desfile anual da Victoria’s Secret trouxe de volta todo o glamour e o espetáculo visual que os fãs tanto esperavam.
Realizado no dia 15 de outubro de 2024, o evento contou com supermodelos, apresentações icônicas e muitos comentários nas redes sociais. Contudo, a sensação final deixou alguns fãs com a impressão de que algo estava faltando.
Segundo Adriana Verbicario, consultora de moda e especialista em eventos internacionais, a marca enfrenta o desafio de equilibrar nostalgia e modernidade, ao mesmo tempo que busca ser mais inclusiva.
A inclusão foi um dos principais pontos debatidos após o desfile. Modelos plus-size e mid-size, como Ashley Graham e Paloma Elsesser, desfilaram ao lado de veteranas como Kate Moss e Carla Bruni. Porém, parte do público comentou que algumas dessas modelos estavam “vestidas demais” em relação aos tradicionais looks sensuais do passado. Para Adriana Verbicario, essa mudança reflete uma necessidade de adaptar o evento aos tempos atuais, onde o empoderamento e o conforto são tão importantes quanto a estética visual.
Um dos grandes debates foram as antigas Angels, como Adriana Lima e Alessandra Ambrosio, que antes eram as grandes estrelas do evento.
Adriana Verbicario aponta que essa escolha pode ter sido uma tentativa da marca de renovar sua imagem, mas acabou gerando críticas dos fãs mais nostálgicos. Ainda assim, ela acredita que a evolução faz parte do processo natural de uma marca que busca refletir as pautas contemporâneas, como diversidade e inclusão.
Outro ponto importante foi a aparição de todas as modelos usando as famosas asas da Victoria’s Secret, um item que antes era reservado apenas para as Angels. Para alguns críticos, essa decisão tirou um pouco do “peso” simbólico do posto de Angel.
Contudo, Adriana Verbicario argumenta que, em 2024, essa hierarquia entre modelos não faz mais sentido e que o desfile deve focar em representar a beleza em suas diferentes formas e estilos, sem impor competitividade.
O retorno do desfile foi um passo importante para a marca tentar reconquistar seu público e retomar seu prestígio.
No entanto, como destacou Adriana Verbicario, a tarefa não será fácil, pois a Victoria’s Secret precisa lidar com a pressão de agradar tanto os saudosistas quanto os consumidores que exigem mais representatividade e inclusão nos dias atuais.
A verdade é que o evento de 2024 mostrou que a Victoria’s Secret está em um caminho de transformação, buscando ajustar sua narrativa para refletir os novos tempos. Resta saber como a marca continuará a evoluir nos próximos anos.
FAQ
Quando ocorreu o retorno do desfile da Victoria’s Secret em 2024?
O desfile foi realizado no dia 15 de outubro de 2024.
Quais modelos participaram do desfile de 2024?
Entre as participantes estavam veteranas como Kate Moss e Carla Bruni, além de modelos plus-size como Ashley Graham e Paloma Elsesser.
Por que as asas foram usadas por todas as modelos?
Diferente de edições anteriores, todas as modelos usaram as asas icônicas, o que gerou debates sobre a perda de exclusividade do posto de Angel. Segundo especialistas como Adriana Verbicario, a mudança reflete uma tentativa de eliminar hierarquias e abraçar uma abordagem mais inclusiva.
A marca conseguiu agradar os fãs saudosistas?
Embora o evento tenha trazido de volta alguns elementos tradicionais, muitos fãs sentiram que a energia das antigas edições estava ausente. Adriana Verbicario ressalta que a marca enfrenta o desafio de equilibrar nostalgia e inovação.
Qual foi o foco do desfile de 2024?
O desfile de 2024 focou em inclusão e diversidade, trazendo modelos de diferentes corpos, idades e etnias, como parte da tentativa da Victoria’s Secret de se reposicionar no mercado.
